Andei sumido, mas estou tentando retomar o blog. Esse artigo eu já postei em diversas comunidade Makers e achei interessante posta-lo aqui no Blog, quem sabe não ajuda alguém.
Apresentação
Começando, vou explicar do que se trata (já que o titulo não é tão explicativo).
Com eu sou a favor do politicamente correto, criei esse artigo.
Muitos roteiristas abordam temas como a Morte, bebidas e às vezes temas sexuais com muita facilidade, sendo que temas como estes que eu citei (e outros) se devem algum cuidado para acabar não estimular o leitor a fazer o mesmo.
É isto que meu tutorial aborda. Como trabalhar com esses temas sem acabar passando uma idéia que influencie os makers e jogadores mais jovens.
Vamos lá!
Sabem quais são os perigo da nova geração?
A pressão dos amigos, a influência de jogos e filmes (as crianças ficam querendo ser o herói ou o mocinho do filme/jogo e imitam-nos), as más companhias, a falta de informação pra esses assuntos, entre outras coisas...
Como eu não posso ajudar e nem ver com quem essa geração anda, pelo menos vou ajuda-los a ganhar essa informação que pode até salvar vidas.
É muito comum ver em jogos e filmes o herói tarando uma mulher, bebendo até cair, se dopando com remédios, usando drogas ou algo que tape o buraco que há nele. Um buraco sentimental que foi escavado provavelmente na sua infância ou em algum outro momento anterior ao jogo (traduzindo em forma mais grosseira, o buraco é algum trauma do herói).
Esse buraco pode e deve ser explorado pelo escritor, mas o cuidado com ele deve ser ao extremo. O leitor/jogador não pode achar que aquilo que ele faz é correto, e sim, saber que ele está fazendo errado.
Um bom exemplo disso é o “Hancock”. Um herói politicamente incorreto, bebum, que fala palavrão e destrói tudo sem se importar com os prejuízos, mas no desenvolver do filme se revela que ele faz isso porque não lembra do passado dele, e ele acha que está sozinho no mundo. Depois ele muda e vira o super herói que dá o chapéu no Superman.
Entendem?
Eu não estou dizendo para fazerem personagens 100% corretos, pois o que é sempre correto e perfeito enche o saco. O que eu quero dizer é que vocês usem defeitos nos personagens, mas que depois no desenvolver da trama, esse defeito deva ser desenvolvido para dar uma certa “Lição de moral”.
Bom, eu acho que não fui tão específico quanto queria, então vou dar um zoom nos problemas do cotidiano que vocês podem usar nos seus projetos.
Bebidas: Ponto chave e um pouco clichê. Quase toda história tem um bebum ou alguém que fique bêbado.
Exemplo: Faça com que esse bêbado perceba que não é com a bebida que os problemas dele vão se resolver. Sejam criativos!
Drogas: Um ponto mais complicado de se abordar. As drogas são sempre um atalho para o sofrimento mais rápido. Toda pessoa que usar drogas no roteiro, tenha bastante cuidado com as personagens.
Exemplo: Faça com que as personagens que estiverem usando drogas fiquem mais agressivas com os colegas e familiares, comece a se isolar, parar de comer, começar a roubar coisas da casa dele para comprar mais drogas, definhar e no fim, com a ajuda dos amigos, faça com que ele se reerga e perceba que isso estava matando ele e piorando os problemas.
Morte: Porque a morte é lidada com tanta frieza na mão dos escritores? É tão fácil assim matar alguém? Porque em toda história alguém tem que morrer?
Eu sei que matar alguém dá aquele clima de tristeza e raiva no leitor que faz ele querer avançar para vingar a morte dessa pessoa, mas isso só não basta.
Toda vez que eu penso em morte nos meus textos eu lembro de cenas e músicas tristes para me dar inspiração. Dê a esse personagem que vai morrer, uma morte digna ou um enterro digno em homenagem a ele. Se for um vilão, pelo menos o enterro já está bom.
Suicídio: Não é um tema obrigatório para roteiros. Pouca gente lembra desse assunto, mas mesmo assim, tem muita gente morrendo por causa disso. Apesar desse assunto ser um Tabu nas casas brasileiras, ainda existem escritores que usam esse tema para conscientizar o leitor do estrago que a pessoa que quer se matar vai fazer.
A pessoa que se mata não é a única vitima, mas os familiares e amigos também morrem com ela. Aqueles que ficam são chamados de “Órfãos”.
Eu tenho aqui uma ótima matéria de um jornal que fala sobre tudo isso, mas por enquanto não vem ao caso. O objetivo é fazer o leitor refletir sobre os males que a personagem causou depois de se matar ou até mesmo, fazer a personagem refletir sobre o que ela ia fazer. Faça da cena convincente e comovente.
Se você não sabe lidar com esses assuntos, melhor nem começar.
Conclusão
Como viram, todos vocês podem trabalhar o defeito do herói para fazer a sua personalidade, mas também tem que tomar cuidado para não incentivar outras pessoas a fazerem o mesmo que ele faz.
Bom, teria outros temas, mas vou postar (talvez, quem sabe) num segundo tutorial.
Abraços do Cavaleiro sem Alma o/