quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Post para matar a Rotina, Crônica: Aparências?


Não vou falar muito, mas eu devo dar esta advertência.

ATENÇÃO: Se você tem estômago fraco, sensibilidade, pavor a terror, pavor a sangue, odeia psicopatas, tem o coração fraco, acha terror moralmente impróprio, ou só é chato, não leia. Cenas de sangue, violência e muito non-sense lhe aguardam.


Aparências?
Por: Kelvinouteiro

            “Até que isso foi... Divertido” sibilou o nosso andarilho noturno entre uma tragada e outra em seu cigarro, enquanto admirava extasiado o sangue e as vísceras correrem pelas paredes.
Ele não se via como uma pessoa má ou cruel. Ele tinha mulher, filhos, era dono de uma empresa de aparelhos eletrônicos e os protegia como quem protege um tesouro.
Com todas essas qualidades, qual o problema de se ter como um hobby a caça e assassinato de seres humanos?
Durante a luz do dia não existe pessoa mais amorosa e pacífica que este andarilho que aqui vos descrevo. Era na escuridão da noite que seu desejo por sangue aflora. A “noite” está cheia de prostituição, traições, inveja, luxúria, e muitos outros pecados noturnos que emitiam um odor pesado no ar que excita a sede por sangue.
Cautelosamente ele escolhe sua vítima e a atrai para um beco escuro onde possa fazer o “abate” tranquilamente. Não há muito que se fazer depois de ser surpreendido com uma estocada nas costas a não ser cair no chão e se misturar em gritos de dor e pedidos incompreensíveis de ajuda, ou melhor, dizendo, enquanto ainda é possível.
Antes que pudesse perceber, a moça de aparentes vinte e seis anos teve sua garganta rasgada e sangue espirrava para todos os cantos. Sua boca que outrora berrava, agora apenas geme e se engasga com o próprio sangue, mas ela ainda se mantém viva na esperança de que alguém possa lhe salvar e parar o assassino.
Nada acontece.
Uma risada esganiçada enche o lugar. É o andarilho novamente se divertindo enquanto estoca o corpo dela, tirando os órgão do lugar e como se fosse um cachorro ele arranca os intestinos da moça com a boca e os joga para todos os lados, e com isso, ela exprime seu ultimo gemido.
Satisfeito e em estado de êxtase, nosso querido assassino se levanta e acende um cigarro, traga a fumaça e repete a frase “Até que isso foi... Divertido”. Sua face se iguala a de um demônio, sua risada histérica também. Mal sabia o pobre coitado que o salário do assassinato é a morte.
Seu cigarro cai de sua boca, seu sorriso desaparece. Ele sente um forte baque em suas costas, o fazendo sentir uma espécie de nostalgia e ao mesmo tempo medo da morte.
Ele cai no chão fazendo um barulho estalado e seco. Ele tosse sangue enquanto tem a sua ultima visão: Um homem alto, vestido de negro, segurando a faca que outrora matara a moça sem nome e em seu rosto havia uma confusão de expressões e sentimentos. Ele derramava lágrimas frias enquanto esfaqueava-o, mas ao mesmo tempo, ele sorria sinistramente.

3 comentários:

  1. Crônica, no minimo, interessante.
    Achei bem escrita, mas em certos pontos pode ser melhorada (como na referência a cães).
    Uma retribuição devida ao assassinato. Ser pago "na mesma moeda", como dizem.
    É isso ai, continue escrevendo. Não pare nunca (Y)

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  2. Parabéns pela crônica, gostei...
    Como o carinha aí disse, continue escrevendo!!

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