sábado, 9 de junho de 2012

Crônica: A Lenda do Cavaleiro Felino - Comédia?

MUAHAHAHAHAHA, eu voltei! =D

Pois então, nada interessante me aconteceu.
Ainda estou sem net, tenho tempo livre de manhã e tarde e noite trabalhando numa lanchonete de Sushi (Sushiaki), perco muito tempo pensando em bobagens e terminei algumas crônicas =B

Dessa vez, o tema era para ser comédia. O texto inteiro foi feito apartir de um sonho que tive enquanto delirava de febre (-NNNN mentira, só que foi baseado num sonho, isso foi)

Enfim, fiquem com a crônica õ/


A Lenda do Cavaleiro Felino
Por: Kelvinouteiro


“Senhoras e senhores, permitam me apresentar. Sou o Cavaleiro Felino ao seu dispor!”

E assim, o maluco vestido de gato cordialmente se apresentava depois de entrar pela janela.

Bom, deixe-me explicar.
Ele não se vestia completamente de gato. Era mais uma mistura de Zorro com Mulher-Gato. Usava uma máscara e chapéu de Zorro com orelhas e rabo de gato (que espontaneamente se mexiam de vez em quando¹).
E também, ele não entrava pelas janelas, e sim, simplesmente atravessava-as estando abertas ou não.

Seu estranho costume de arrebentar as janelas durante as madrugadas já era conhecido pela cidade inteira, inclusive pelas autoridades locais. Sua fama fez dele inimigo da polícia, do exército, do governo, da economia e há rumores que dizem que até da CIA ele é inimigo.

Mas o que poucos sabem (apenas os que foram invadidos) é que ele não é apenas um maluco que invade a casa dos outros. Ele é um maluco que invade a casa de pessoas que estão com o casamento por um fio.²

Assim que se apresentava, com uma força sobre-humana ele abraça o casal, um em cada braço de forma com que eles não consigam fugir nem mexer seus braços e sem que fosse dada permissão, ele começava a falar: ³

“Sabem... Eu não gosto muito de divórcios.”

E daí em diante o discurso continuava sobre seu passado, sobre como sua esposa o traiu, sobre como ele traiu sua esposa, sobre como seu filho morreu atropelado porque os dois estavam se traindo, sobre como o cachorro morreu porque o filho morreu, sobre como a sua esposa morreu de desgosto porque o cachorro e o filho morreram, sobre como ele se casou de novo e no dia seguinte estava separado e outras histórias envolvendo sua depressão pós-casamentos falhos.

O mais incrível é o como todas as vezes que a policia interrogava as vítimas dele a história contada era diferente, mas tanto faz. ²+²

Por volta de uma hora depois, ou o casal estava chorando, compartilhando sua dor, ou prometendo que iam melhorar seu casamento desde que ele calasse a boca.
Na maioria das vezes era a segunda opção.

Mesmo que o casal implorasse, não havia jeito de pará-lo antes de o discurso terminar. O discurso durava três horas e meia milimetricamente cronometradas antes do Cavaleiro Felino soltar o casal no chão, esgotados. Não só porque estavam cansados do discurso, mas também porque os seus braços e pernas já estavam roxos por falta da circulação de sangue de tanto que ele os tinha apertado.

Após um breve vislumbre sobre o casal se rastejando no chão, ele cordialmente despedia-se e rapidamente se punha em cima do parapeito da janela, e então, como sempre, a polícia estava em peso na frente da porta esperando por ele.

“Mais uma vez. Será que eles não aprendem?” Sussurrava ele para si mesmo.

Dentro da cabeça dele havia uma câmera interna que filmava tudo. Naquele momento era como se ela desse um Zoom apenas em seu rosto para enfatizar a dramatização da cena a seguir, a sua grande fuga. Como é de se esperar de um “herói”, a sua grande fuga da situação é algo impactante.

Com o Cavaleiro Felino não é diferente.

No momento em que ele ameaça fazer seu primeiro movimento, todos ao seu redor se alertam preparando-se para o que há de vir.
E no momento crucial da sua fuga... No momento mágico que todos esperavam, ele faz seu movimento.

Ele pula da janela, se agarra no cano da calha, se joga em cima do muro, pula em cima de uma viatura, usa a cabeça de três policiais de ponte para pular depois no chão.
Passa debaixo da perna de um, brinca de ciranda com outro, desvia de um policial que vinha pra cima com um cassetete, corre em direção a um beco, mas na saída é fechado por outra viatura.
Pula por cima do capô dela, quando desce, tropeça e cai fazendo cambalhota para então se levantar, volta a correr e antes de sumir no meio da multidão tropeça de novo.

E assim, termina mais uma noite tranqüila naquela cidade pacata.
Notas do Autor:

¹. Esse comentário não faz a mínima diferença pra história.¹
². Filantropia. Uma palavra bonita que algumas pessoas usam pra justificar sua loucura e ainda parecer legal
³. Leia esse parágrafo como se fosse um documentário do Animal Planet. Obrigado.
²+². Preciso constar que essa história é uma mentira? = 4

Notas para as Notas do Autor:

¹. Na verdade, nada nessa história faz diferença.
4. Não.

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